No noticiário, a imagem de uma jovem noiva na frente de um helicóptero, um sonho romântico de grandeza e o desejo de surpreender o noivo com uma chegada glamourosa na cerimônia. Um voo curto. Há cinco minutos de distância do salão, em que esperava o noivo, a família e quatrocentos convidados, jazem os restos dos sonhos de um jovem casal. O dono do salão fala ao repórter, lágrimas nos olhos, e conta de seu sofrimento e dificuldade em informar, primeiro, o noivo, que urrou e caiu de joelhos de dor; depois, os convidados, que o encararam em silêncio e descrença. Isso foi ontem e eu não consigo tirar essa história da cabeça. Não consigo faze-la ir embora. Por quanto tempo permanecerá comigo, eu não sei, mas me pergunto se será como uma outra história, que uma amiga uma vez me contou, sobre um colega de trabalho que morreu de repente em uma manhã de quinta-feira. Ela contou que, na segunda seguinte, o departamento em que trabalhavam celebrava, como sempre fazia, os aniversariantes do ...