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Showing posts from March, 2017

Sail away on paper boats

Say no to crocodiles and bad dreams. Say no to oily French fries and  people who tell not what they mean.  Say no to liposuction and a 20 day recovery. Say no to shopping malls and closed doors. Say no to invisible elephants, they occupy the same space. Say no to plants that insist in dying and friends that insist in disappearing.  Say no to conquistadors.  They extinguished civilizations.  Say no to straight lines and squared rooms.  Say no to puppeteers and clowns that scare your children.  Say no to unfair deals and to sucking blood vampires Say yes to walks in the park and  a day out in the sun.  And to letters making up words,  forming up sentences, c omposing light.  Say yes to blooming fields  and pictures of happy families. Say yes to the crying child behind the happy picture  and buy her a pink baloon.  Say yes to what rhymes and what sounds soft and sweet to your ears,  things like  "sudden serendipity"   or  "silvery threads of thoughts" and &qu

Lembranças, mudanças e rumos

Uma amiga me diz que nos anos setenta, houve uma infestação de ratos em Brasília e que eles saiam pelo ralo do bidê  e entravam nos apartamentos da Asa Norte. Ela pergunta se eu não me lembro. Não lembro. "Mesmo? Não lembra?" Não lembro. Não lembro da infestação, não lembro de comentários, notícias. Respondo que era muito pequena, mas ela é mais nova que eu. Sorrio sem graça, sem mostrar os dentes: "É, não lembro." O que lembro é de sempre ter tido medo de ratos, mais do que de baratas. E de sempre sonhar com eles em tempos de angústia, preocupação. Uma vez vi um video de um churrasco na casa dos meus país em que tento alertar minha mãe da passagem de um rato e ela me ignora. De certo não queria chamar a atenção dos convidados para a presença do animal asqueroso que corria no canto da cerca. Não queria interromper sua cantoria e seu ensolarado dia de domingo e, por isso, ignorou completamente a fala da criança inconveniente. Uma amiga me contou também  que já

O comprimido

Uma pílula, um comprimido. Tomar um por dia, me disse o médico. Nunca me lembro de tomar essa porra! Um remédio desses que é ruim com ele, pior sem ele. Tem um outro que vai junto, menorzinho. Esse é um troço comprido que, pode parecer ridículo, mas se tomar com muita água, boia na boca e não desce, depois fica aquele gosto amargo na língua. Se tomar com pouca água, entala. Quase morro da última vez. Juro que fiquei roxa. Moro só e achei que ia ser encontrada pelo porteiro daí a uma semana, quando sentissem meu cheiro de podre no corredor. Os vizinhos reclamariam e viriam com o porteiro arrombar a porta. Lá estaria eu, morta, roxa como uma beringela, as baratas passeando pelo meu cadáver. Dias depois ainda seria o comentário do prédio: "Mas, morreu de quê?" "Ah, menina, você não vai acreditar! Morreu entalada com um comprimido!" 

A pocket full of nos

No No money  No way Exhaustion  and Insomnia And  No   No scape  Salty sweat drops  On your lips  And No No bath No water   The lake is drying up  We will walk on it  No No hope One day  One foot after the other  We will cross it  And  No  No relief No dreams  To be dreamt No more