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Showing posts from February, 2019

Canto M(eu) - A bilingual reflection on being me.

Sou o tipo de pessoa que não sabe de onde é ou o que lhe define. Saí cedo de onde nasci e cresci em outro canto, com gente de tanto canto, que também não sei se eles mesmos sabem de que canto são. Eu não sei. Por um tempo achava que esse lugar para onde fui trazida era o melhor lugar: “Nesse país lugar melhor não há”. Acho mais não. Acho mais nada, porque por outros lugares andei, em outras paragens parei. E muito que admirei belezas e singelezas “que não encontro por cá”. O que sei, hoje, é que se sou esse tipo de pessoa sem canto pra chamar de meu, faço meu canto dentro do meu próprio eu. ... I’m the kind of person who does not know where she’s from or what defines her. I left early the place where I was born and came to grow up in yet another place, with people from such different places, that I don’t know as well if they themselves do know to which place they belong. I don’t. For a while I thought this place they brought me to was the best place of all place

Origami

Fine and delicate folded paper. White, in the middle of the room, it seems minuscule. It multiplies itself, however, through its projected shadow. Symbol of the beauty extending from myself to the other and returning to me. Small gesture, and gift, that brings me consolation and reminds me of why what I do matters. Because, after writing, someone folds a lovely light Tsuru and returns to me the wings I have helped setting free.

Origami

Fina e delicada dobradura. Branca, no meio da sala, apresenta-se diminuta, mas multiplica-se em sua sombra projetada. Símbolo da beleza que se estende de mim ao outro e a mim retorna. Pequeno gesto e presente que me traz alento e me lembra porque importa o que faço. Porque depois de escrever alguém dobra um lindo e leve Tsuru e me devolve as asas que eu ajudei a soltar.