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Showing posts from January, 2017

Once

I once dated a werewolf            Eyes like flashlights           showing the path I once walked the path I found lost words I found lost pain I once threw my car from a bridge In the highest speed When street lights seemed like flying arrows and the water from the lake was a dark brick wall I once threw stones at the windows of the moon and sailed a boat of stardust in a lightless night I crossed the borders in disguise and spoke a million tongues I now decided to forget I once danced with a king on top of the highest tower No one ever saw the king No one, but me I once was a speck of dust I once was a grain of sand I was part of a hurricane And I landed on another land I once dreamt new dreams and wrote them on napkins I once wrote poems on spaceships and lies on  pages of ancient books no one ever read I once took a look I once took a pick I once took a bite It did not do the trick   

Overwhelmed?

Would you help me if I stopped breathing? You don't care if I live or die, do you? Bring me water, Read me a story! Hire someone to help. Do you think she will die on the operating table? Have you thought of what to do? What will you say to the kids? Would you stay a little longer? Would you hold my hand? Who is the teacher? What are the strategies? Can I get a discount? Did you answer the messages? Did you pay the bills? Did you lock the doors, roll up the windows of the car parked outside? Did you think about that project? And 'bout the prospect of never really being what you intended to be? Did you think about that? Do you worry that more friends of yours may die? Are you afraid you won't be there? Do you text your friends in the morning to secretly check if they are alive? Are you afraid you won't hear her if she actually stops breathing in the middle of the night? Have you dried out? Will you have dementia? Will you know your name? Did you live a happy life? Why a

Meu conto de Natal

Horas no shopping na semana de Natal, detesto ir ao shopping na semana de Natal. Com um monte de sacolas, sentei no café enquanto meu marido foi enfrentar a imensa fila de cupons de troca de notas fiscais, mas antes,  me dei conta que não tinha nada para ler na bolsa. Sempre tenho, um livro, o Kindle, ou os dois. Resolvi comprar um livro, de  contos, porque não daria tempo de ler tanta coisa assim. Entrei na livraria, uma olhada rápida em algumas coletâneas e comprei. Simples assim, um livro novo porque não queria sentar em um café e suportar vinte minutos de tédio misturado com o cansaço da tarefa ingrata das compras junto aos que, eu e minha irmã, sempre chamávamos "os desesperados", essas pessoas que deixam as compras de Natal para a última hora.  Sentei-me no Café, as sacolas em outra cadeira, pedi um chocolate quente daqueles que parecem um danete de tão grosso e um copo de água da casa, que a garçonete trouxe com a má vontade costumeira, comum a todos seus col

Conselho

Sê caos Sê dúvida Sê angústia Sê confusão Mas  Sê amor Sê maior Sê inteira Sê verdadeira

Restos de um dia

Calor o dia inteiro, sol de rachar mamona, amigos, piscina, cerveja. muito protetor solar nas crianças, talvez não o suficiente. Não parece haver suficiente protetor em um dia assim. Em mim, nada. Esqueci. Agora, as crianças ressacadas se arrumam para dormir. Hoje, uma espera a fada do dente, derruba o leite na mesa e enrola para comer.  Vou tomar um banho, o corpo dolorido do dia, de ontem, porque hoje foi só sentar, ouvir, falar, beber, comer uma tonelada, enquanto ria do anedotário dos amigos e me preocupava com crianças que querem WhatsApp e com histórias de adultos se passando por crianças para atacar crianças pelo WhatsApp. Agora é o cheiro do dia de sol no corpo, o odor acre de suor velho.  Espero para tomar banho, crianças cheirando a lavanda enrolam para escovar os dentes e dormir, eu finjo não ver e vou tomar banho. As costas ardem acima da gola canoa do vestido leve, que,  mesmo leve, empapou de suor às três da tarde do horário de verão de Brasília. Sol mais baixo, q