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Showing posts from 2013

Maior

Pequenezas Egoísmos Mesquinharias Trocas interesseiras Conversas superficiais  Elogios insinceros Falsas c oncordâncias  Buscando vantagens futuras  Sorrisos amarelos Acolhimento enganoso Solidariedade ilusória Solidão acompanhada Comunidade canibal Egos inflados a Hélio Flutuam Mãos dadas Alfinetes escondidos às costas Permanentemente a tentos Aguardando s empre O momento de espetar Atravessar  Entre rosas e espinhos Entre o joio e o trigo Entre pérolas e porcos Só Escapar do veneno Do vidro moído Da punhalada nas costas Perseverar Buscar a beleza No lixo das ninharias Manter o que é puro Continuar Caminhar sempre E não esquecer Jamais esquecer Que o mundo é maior. 

Chocolate

A little girl silently reaches for a cristal bowl full of chocolate. Anticipating its texture and taste, she had tiptoed quietly through the furniture and there she was. She had to stand on her toes and stretch her body upwards. Her little hands made two attempts. The first just brushed the candy lightly.  On the second, she managed to grab the edge of the bowl which turned slowly, falling from the table. The noise, chocolate and glass scattered all over the floor. The heads turning on her direction, the momentaneous deep silence, the reproaching severe looks, the embarrassment; the thin, yet persistent, stream of blood running on her foot, the loud cry that followed.  As a grown up she would remember that failure every time she had to try something new. No matter how sweet the conquest might seem, there was always the fear of getting hurt, getting cut, but there was mostly the fear of how she'd be looked at. 

Furacão

Uma vez, sonhei que morria. Uma convulsão, a reprise de outra situação. Dessa vez, não conseguia voltar, me chamavam, como antes havia acontecido, mas eu não conseguia abrir os olhos.  Demorei a acordar e acreditar que não estava morta. Também não estava no hospital. Não havia tubos, aparelhos, máscaras de oxigênio, catéter, sonda... Chorei em silêncio.  Schopenhauer disse que vivemos com leveza porque escalamos uma montanha sem saber o que encontraremos do outro lado, mas se enfrentarmos a morte e escaparmos dela, jamais subiremos a montanha do mesmo jeito. Lembro isso, não para causar pena, para que me olhem com os grandes olhos da piedade. Lembro porque é isso mesmo. Não se sobe a montanha da mesma maneira. Houve um tempo que não queria mesmo subir para lugar algum. Na verdade, se pudesse teria rolado montanha abaixo, mas não rolei. Havia a promessa: "Não vou deixar você só! Não se preocupe!" Acho que foi a promessa, mas não gosto de atribuir t...

No Azul II - variações sobre um mesmo tema

O zunido do impulso na água,  as bolhas que se formam,  com as braçadas, acompanhando os contornos  do corpo,  explodindo em mil pequenos  borbulhantes sons,   delicadamente  interrompendo a quietude, o silêncio.  O corpo alongado alcançando o infinito,  O azul que envolve o corpo,  envolve a alma,  sutilmente invade,  gentilmente acolhe. A água,  que cura, que acalma. De onde viemos,  Para a qual voltamos. Nada mais importa,  a não ser a água. Nada é maior do que a água.

Para meu amigo

Querido amigo, espero que saiba que é amado, que sinto sua falta. Espero que não sinta dor e que não tenha medo. Espero que possa perdoar minha ausência e minha incompetência, minha inabilidade de encontrá-lo a tempo.  Saiba que o perdoei por perder a fita pirata da banda que nem existe mais.  Gostaria que pudéssemos, para sempre, falar dessa fita. Gostaria que continuássemos a partilhar nossos sonhos, a tomar uma cervejinha, a dançar e a contar piadas. Meu querido amigo, gostaria de ter sabido, de ter estado mais perto. Gostaria de ter lhe apoiado e de que ainda houvesse tempo para ganhar a confiança da sua família, dos seus filhos. Gostaria que me chamassem de tia e que eu os ajudasse a crescer. Gostaria que conhecesse minhas filhas e que risse com elas. Sei que o faria! Gostaria que tivéssemos nos encontrado novamente e falado sobre a vida, sobre o quanto crescemos e como tudo acabou sendo tão diferente. Gostaria que tivéssemos rido disso e que tivéssemos percebido que está...

To my friend

Dear friend, I hope  you know you're loved. Hope you know you're missed. Hope you're not in pain and you're not afraid.  Hope you can forgive my absence and my incompetence, my inability to find you in time.  Know that I forgave you for having lost  the demo tape of that band that doesn't exist  anymore. I wish we could keep forever talking about that tape.  I wish we could keep on sharing dreams, and having drinks, and dancing, and telling jokes. My dear friend, I wish I had known. I wish I'd been closer. I wish I had been there for you and that there was still time to earn the confidence of your family, of your kids. I wish they'd call me auntie and that I could help them grow. I wish you could meet my kids and laugh with them. I know you would. I wish we could have met again and talked about life, about how grown up we are now and how different everything turned out to be. I wish we could have laughed and just known we were all right.  But it's late...

Certos dias

Tem dias que, para sentir-se vivo, é preciso saltar de paraquedas, correr uma maratona, atravessar o canal da Mancha a nado, escalar uma montanha. Tem dias que, para sentir-se vivo, não é possível apenas acordar, tomar café, ler, pensar. É preciso ir ao Japão, à Índia, à Indonésia, sozinho!   É preciso perder-se nas ruas, ouvir a língua estranha. É preciso não entender. Sentir-se pequeno, insignificante, em um templo gigantesco. É preciso quase sumir. É preciso não saber se vai voltar. Em alguns dias, a claridade do sol, a pequenez do dia a dia, não traz vida, não é suficiente. Tem dias que nenhum sorriso, nenhuma palavra, nenhuma cor apaga a mácula da dor, da perda, da separação. Não há distração suficiente, não há projeto que faça sentido, não há empenho que, nesses dias, valha a pena. Toma-se conta dos projetos, empenha-se, mesmo assim. Investem-se energias, cumprem-se obrigações, doam-se carinhos, buscam-se forças, mesmo assim. Há dias em que é preciso, no entanto, na i...

They found light

When there was shadow, He was there. When there was blood, and death, and sadness. In the dark, He was there. When there was pain, And there was grief, When there was doubt And no hope. And from the lost blood, they drew the strength. In darkness, They walked towards each other. Embracing one another, They found love. From death, They found life, They found light.

Why?

Why? What a question! Why? Why one feels what one feels? Why is there  curiosity, longing, desire? Why do thoughts and fantasies run free, uncontrolled? Why one stands on firm land, looks down the abyss and takes a leap? Why one doesn't? Why one just turns around, walks away, never looking back? Except, perhaps, when no one is looking, When all are asleep. Why one walks in circles, Always coming back to that same point? Why one gives all up , Remains inert, Starving? Why? What a question! Answer me or I'll devour you! And devoured many were. Never truly knowing, Never really understanding why.

Longing for shallowness

You feel you must let life run its course, Yet you don't. You wish for things out of your reach, You want it all,  Certain of its impossibility. You step away, You draw a distance, You make promises to yourself, And you immediately break them.  You know beneath beauty, There is darkness, There is pain. You recognize the vanity, The shallowness.  Still, You long for it, You insist. Still, You look for it, You reach out. You hurt, You are consumed. A lump in the throat. A tightening of the heart. No more, no more, You silently scream. Until you find yourself, There, Again. http://youtu.be/tc7FhWtA2Jk

No Azul

Entrar no azul Perceber a densidade, A temperatura, A luz que se fragmenta, Se expande. Movimentar-se. Sentir a fluidez, A Resistência.   O impulso. Ir ao fundo. Ouvir sons abafados, Sentir o desejado isolamento, O silêncio. Concentrar-se nos movimentos, Peito, quadris, braços e pernas, Alongados, Contraídos. O ritmo. A respiração. O inspirar e expirar, Constante, Consciente, Até que não mais. O rosto imerso, A água na boca, Os olhos abertos. A cor, Os azulejos, As linhas entre os azulejos. No fundo, pequenos pedacinhos de grama, Trazidos pelo vento, Reverberando suavemente, Os movimentos firmes e compassados. A ida, A volta A ida, A volta, Até que não mais. Só o impulso, O movimento, A força, A plácida resistência do meio. O rosto que queima. A respiração, Sempre, Constante.   O ar, A busca. A água, O retorno, A paz.

She collected eyes

She collected eyes. They fascinated her since she was little. Her mom used to tell that, still a baby, she tried to touch her eyes with her little fingers. She touched her eyelashes, felt them delicately and, at times, pulled them; which would put an end to the game. Another childhood story she was told preannounced her future interest. She used to remain for minutes looking at people’s faces, blinking when they blinked, moving her eyes to accompany the other’s movement.     When a child, she would cut eyes from  magazines and glue them in countless notebooks. She was interested in their colors, shapes. As she grew older, other nuances began calling her attention. When she was young she was given a photographic camera. The new tool provided her with different possibilities. She began to focus not only on eyes, but on the way they looked, the expressions of joy, surprise, fear and pain; the reflections of light and the reactions to different stimuli. The powerful...

O Lado Escuro da Lua

Eu tenho pensamentos horríveis Eu praguejo Eu desejo o mal Eu minto Eu tenho urgências terríveis Eu deito languidamente em sonhos de luxuria Eu lá permaneço Em verdes, cinzas e castanhas fantasias Eu vivo o lado escuro da lua Eu sou o lado escuro da lua Eu ofego Não respiro Eu tomo café Eu procrastino Eu tento Eu me esforço Eu sinto falta da luz. Eu vivo o lado escuro da lua. Eu sou o lado escuro da lua.

The Dark Side of the Moon

I have horrible thoughts, I curse, I wish people ill, I lie, I feel terrible urges. I Iay languidly on dreams of lust. I linger, In green, gray and brown fantasies. I live the dark side of the moon. I am the dark side of the moon. I gasp, I cannot breathe. I drink coffee,  I procrastinate. I try, I strive, I miss the light, I live the dark side of the moon. I am the dark side of the moon.

Into the Blue

Diving into the blue. Realizing its density, Temperature. The fragmenting and expanding of light. The movement. Feeling the fluidity, The resistance. T he impulse. Getting to the bottom. Hearing muffled sounds. Feeling the desired isolation, the silence. Focusing on the movements, Breast, hips, arms and legs, Alongated, Contracted. The rhythm. The Breathing, The constant inhaling and exhaling. Consciously, Until no more. The immersed face, The water in the mouth, The eyes wide opened. The color. The tiles, The lines between the tiles. In the bottom, tiny pieces of grass, Brought by the wind, Reverberating g ently, The firm and cadenced movements. The going and coming, The coming and going, Until no more. Just the impulse, The movement, The strength. The placid resistance of the medium. The burning face. The breathing, Always, Constant. The air, The search. The water, The return, Peace. 

Menino Guerrilheiro

Arrumando o pequeno escritório, jogando coisas fora, abrindo espaço para iniciar a rotina de trabalho, encontrou os recortes de jornal: "Faleceu sábado de ataque cardíaco fulminante" dizia um deles. Os outros repetiam a história do ataque cardíaco, mas ela sabia, desde aquela época que essa não era a verdade. Líder estudantil do seu tempo f oi  expulso da Universidade por ter opinião.  Perseguido na cidade , viu roubarem os seus sonhos e resistiu. Seguiu para a Guerrilha do Araguaia, lá foi preso, torturado. Quando ela era criança, não se falava disso. Já adolescente, com a abertura, quando estudava história, ele era mencionado, junto a alguns outros amigos da família "Ele fez parte da Guerrilha. Foi preso, torturado. Até hoje passa por uns períodos de depressão." Nada mais. Toda uma geração traumatizada, não conseguiam muito falar do assunto. Tudo muito recente, talvez. O medo ainda uma sombra, logo ali, a espreitar. Ela imaginava um homem adulto, barbado, preso ...

De meninas e piscinas

Quando tinha uns sete anos, a família se mudou para uma casa com piscina. Ponderaram que seria importante que aprendesse a nadar. Ouviam, vez por outra, tristes histórias de crianças que se afogavam nos quintais de suas próprias casas e se perguntavam como sobreviver a uma tragédia dessas. Como na tradicional divisão de tarefas, a mãe se comprometeu a levá-la e buscá-la nas aulas. Não que fosse uma dona de casa profissional, exclusivamente dedicada aos duros afazeres do lar e da família. Na verdade, era uma profissional respeitada, mas como mulher de sua geração, acumulava responsabilidades e ainda lhe cabiam os malabarismos dos cuidados da casa, dos filhos e da carreira. Conseguiu um horário no fim da tarde. Saía do trabalho um pouco mais cedo, corria em casa, buscava a menina e levava para as aulas.   Não pensem hoje, as mães que levam seus bebês e crianças às aulas de natação, que havia alguma abordagem especial nas aulas ou equipamentos específicos, como as plataforma...

The Turn

Once she had fallen on that turn. She was riding a moped. The boys from school had somehow messed it up. They had removed the pipe and the gas just didn’t pass through. She tried to turn the bike on a couple times, aware that there had been a sort of sabotage. Very irritated, she kept an exterior calmness, while the boy approached and showed her in five seconds what the problem was. She thanked him and left. “What a stupid way to flirt!” She proceeded with her afternoon ride, good school times, the wind on her face, the postponed obligations, dinner waiting on the table, all the time in the world… The moped failed a couple times, she had to break it and speed it up at the same time to keep it going. In one of these attempts, on the curve, she skidded! The moped slipped to one side while she slid to the other in a 45-degree angle. She stood up, covered by the red dirt of Brasília, bruised, hurt. She picked up the moped and carried it, limping, to the last house of the street. She w...

From one point of a star to another

Kafka's process in my mind, The writing of the stupid report, The counterproductive proof of production. The businessman in the fourth little planet, The pseudo intelectual bureaucrat stamping his stamp, Will he sit on top of the pile of paper he demanded? Will he smile his petty smirk contemplating his migger power? Me, Late at night, Duty performed, quite unwillingly, I Search for light, The moon, The dream, Skipping from one point of a star to another.

De ponta em ponta de estrela

O Processo de Kafka na cabeça, A escrita do relatório imbecil, A contraproducente prova da produção. O homem de negócios em seu quarto planeta O burocrata intelectualóide batendo o carimbo, Sentará nas pilhas de papéis? Sorrirá a tacanha alegria do seu mesquinho poder? Eu, Madrugada, Cumprido o dever a contragosto, Busco a luz, A lua, O sonho, Saltando de ponta em ponta de estrela.

A Curva

Uma vez caíra naquela curva. Andava de mobilete. Os garotos da escola mexeram nela, tiraram o cachimbo e o combustível não passava. Tentou ligar a motinho umas tantas vezes, consciente de ter havido algum tipo de sabotagem. Muito irritada, manteve a calma, quando o garoto se aproximou para ajudar e apontou, em cinco segundos, o defeito. Agradeceu para se ver livre e foi embora. "Paquera mais idiota!" Continuou o passeio vespertino, bons tempos de colégio, o vento no rosto, as obrigações adiadas, o jantar na mesa, todo o tempo do mundo... A mobilete, falhando de vez em quando, tinha que frear e manter a aceleração ao mesmo tempo. Numa dessas, na curva, derrapou! Mobilete deslizou para um lado e ela para o outro em um eixo de 45 graus. Levantou-se, suja da terra vermelha de Brasília, ralada, machucada, pegou a mobilete e conduziu-a andando, capengando, até a última casa da rua. Já não era mais uma menina, tinha suas responsabilidades, trabalho, contas, problemas... Desceu ...

On Beauty and Falling Leaves

She got in the cab. A large gray bearded driver asked for the destination. She gave him the address. A small University town. There was no need for detailed directions. They started the ride. The whole way he complained. About the traffic: “Should have taken the other way! Too many students in this area!” “Oh, yeah!” she laughed to herself. “So much traffic it might take us five extra minutes!”  "What is she doing? Some people should not be allowed to drive! Get out of the way, lady!” She looked through the window.   Shades of yellow, orange, ocher, red. It was just as if some magical creature had come into the night and painted all the trees in the most beautiful and unexpected hues. From where she came from, there was no Fall. At least, not like this. Leaves would dry up and fall from the trees occasionaly. Each species at their own time, throughout the year. They would also bloom at their own discretion, not all at once. There was no collective spectacle. The d...

Um dia

O pão. A Rotina. O choro matinal. O café. A filha. O dever. A conquista. O sorriso que alivia. A pressa. A rotina. A pressão. A panela. Os livros. O peso. O atraso. O trânsito O stress. O desgaste. O pesar. O onde está? O carinho. O abraço. O sorriso. O caminho. O olhar. O afeto. O redescobrir. O estar aí.

Para Herbert Vianna

Quero ser Herbert Vianna, seguir chamando, conhecer seus passos, ter seu exército invadindo meu país, ver você e ver na escuridão, pagar as contas desse amor pagão. Quero ser Herbert Vianna, me virar do avesso, me perder entre as estrelas, jogar tanta coisa fora, ter a lua, te dar a lua. Quero ser Herbert Vianna, saber que meu inferno é o céu, que a vida nem sempre é boa, que tenho um cagaço de descer ladeira abaixo, que eu tô mesmo é na lanterna dos afogados. Quero te odiar uns dias, quero querer te matar, Quero ser Herbert Vianna, ver a luz no túnel dos desesperados, derramar lágrimas por ninguém, jogar uma vaca do décimo andar, andar num mach cinco cor de prata em alta velocidade. Quero ser Herbert Vianna, saber que a dor pode mostrar algo de bom que vai ser diferente, que vai valer então. Às cinco ver aquela estrelinha e encontrar a palavra certa que faça o mundo andar. http://www.youtube.com/watch?v=NQznqQAYwBE

A thousand times

She's gonna call you a thousand times She's gonna beg you a thousand times You will ignore her a thousand times She'll cry and mourn a thousand times She's gonna hate you a thousand times She's gonna kill you a thousand times She will forget you once and for all And you'll regret it a thousand times

The story that wasn't

She wrote for the first time in years, not in her language, but in the language of longing and missing and sighing. She wrote. She told a story. She lingered on to the story for days.   She told no one about it, read it to no one, except herself. What is a story no one can read? What is an unwanted story? A story that should never happen, should never be? It haunted her. She did not read it anymore. It wasn`t necessary. It did not need further polishing. It was not going to be read anyway. She thought of it all the time. Was it a good story? Would it have become a good story had it been given a chance? Would it have become a tragedy? A Romeo and Juliet with deeper, however microcosmic, consequences?   Was she implying grandeur to something meaningless? A story about common things, common people, common mistakes…. How many stories have ever been written like this, she wondered in her sleepless hours. How many stories have ever been thrown away without the chance of bein...