Nasci branca, consta na certidão
Branca da cor do papel, um branco que não existe
Cruzando a invisível linha que restringe o mundo da amplidão
Tornei me escura, não mais triste
Andando na fina linha
Em tons diversos, negros e marrons
Devolvem-me, todavia, essa branca carne, que não mais é
minha
Paleta que sou de tons sobre tons
Diverte-me, hoje, a fluidez das minhas cores
Que me atravesssam o mundo inteiro
Enganando maus e bons
Alenta-me dispensar o conforto da palidez
Passado pernicioso do alheio sofrimento
Há mais por onde caminho, acolhendo a mistura, esparramando altivez
Há mais por onde caminho, acolhendo a mistura, esparramando altivez
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