Sou o tipo de pessoa que não sabe de
onde é ou o que lhe define. Saí cedo de onde nasci e cresci em outro canto, com
gente de tanto canto, que também não sei se eles mesmos sabem de que canto são.
Eu não sei. Por um tempo achava que esse lugar para onde fui trazida era o
melhor lugar: “Nesse país lugar melhor não há”. Acho mais não. Acho mais nada,
porque por outros lugares andei, em outras paragens parei. E muito que admirei
belezas e singelezas “que não encontro por cá”. O que sei, hoje, é que se sou
esse tipo de pessoa sem canto pra chamar de meu, faço meu canto dentro do meu
próprio eu.
...
I’m
the kind of person who does not know where she’s from or what defines her. I
left early the place where I was born and came to grow up in yet another place, with people from such different places, that I don’t know as well if they
themselves do know to which place they belong. I don’t. For a while I
thought this place they brought me to was the best place of all places. The
rock song would say: “Nesse país lugar melhor não há”. I think not, not anymore. I think no such a
thing. ‘Cause I’ve been to too many places, walked other walks, talked other talks. I’ve admired so many humbleness
and loveliness I am not to find nearby anymore. What I know, today, is that if I am
that kind of woman with
no place to call her own, I make my own place deep
inside my own surface.
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