Não sabia o que fazer,
não sabia o que esperar
Contava as estrelas,
até o barco chegar,
deixava o rio passar
Sozinho, à margem
Ohos de rio
que segue pro mar
E leva tudo,
seguindo sempre
sem medo,
Olhos de rio,
Correnteza que traga
tudo, sempre
sempre e repetidas vezes,
tudo e repetidas vezes
Caminha mais,
um pouco mais,
um pouco além
Segue a margem
Na segunda curva,
olha pra trás
Se vê, longe, pequeno
Tanto tempo,
tanta dúvida,
tanto caminhar,
tanto, sem ir
a nenhum lugar
Vê os sonhos,
Deixou escapar
Segue adiante,
olhos de rio transbordantes,
misturando outras águas
Caminha, muda,transmuta
Olhos de rio,
finalmente mar
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