Recém-casados, um apartamento de dois quartos para um casal. Parecia muito, a princípio, um privilégio. Não tinham filhos. Tem gente que mora em um quarto e sala com oito meninos. Dormem uns por cima dos outros, amontoados, redes por cima de redes. Eles tinham um escritório. Olha o luxo! E uma cozinha americana!
O problema é que para onde ela se virava, lá estava ele, um sorriso nos lábios e aquele olhar tranquilo. E tudo que ela pensava era: "Meu Deus, agora para onde eu me virar vou dar de cara com ele? Ganhei essa sombra! Aff!" Disfarçava, sorria de volta, um sorriso daqueles que não mostram os dentes, só empurram as bochechas para os lados. Até que acordou um dia e foi escovar os dentes, a pasta de dentes apertada no meio. Deu um grito. Ele correu para a porta solícito. Era demais! O rosto queimando, berrou: "Olha, assim não dá! Eu preciso do meu espaço!"
O problema é que para onde ela se virava, lá estava ele, um sorriso nos lábios e aquele olhar tranquilo. E tudo que ela pensava era: "Meu Deus, agora para onde eu me virar vou dar de cara com ele? Ganhei essa sombra! Aff!" Disfarçava, sorria de volta, um sorriso daqueles que não mostram os dentes, só empurram as bochechas para os lados. Até que acordou um dia e foi escovar os dentes, a pasta de dentes apertada no meio. Deu um grito. Ele correu para a porta solícito. Era demais! O rosto queimando, berrou: "Olha, assim não dá! Eu preciso do meu espaço!"
Saiu marchando, bateu a porta, andou uns 20 minutos em volta do quarteirão. Quando a respiração voltava ao normal, olhou as pantufas nos pés e resolveu voltar. Chamou o elevador, entrou devagar, enquanto os números iam aumentado ela pensava em como ia se explicar.
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